Especialistas contestam recurso de governo decretar emergência
01 de julho de 2022A estratégia do governo de decretar situação de emergência para aprovar um amplo pacote de benefícios sociais às vésperas da eleição é vista como frágil e questionável por especialistas tanto do ponto de vista jurídico quanto fiscal. O chamado “pacote do desespero” já está avaliado em R$ 38,7 bilhões fora do teto de gastos – e pode fazer as despesas do governo voltarem a crescer como proporção do PIB, o que não acontecia desde o início da regra do teto de gastos.
Nina Pencak, sócia da nossa área tributária, em entrevista ao Estadão, afirmou que o cenário atual não se configura como excepcional para decreto de estado de emergência.
Os portais Correio Braziliense, Terra e Uol Economia, reproduziram a notícia originalmente publicada pelo Estadão Conteúdo. Nina disse que, pela legislação atual, o estado de emergência está relacionado à ocorrência de desastres, não com uma situação de crise econômica. “Se qualquer crise que gera aumento de preços virar estado de emergência, a gente vai viver em estado de emergência”, afirmou. “Criar uma exceção à Lei de Responsabilidade Fiscal, sendo que há dispositivos na Constituição que vedam essas despesas, dispositivos da legislação eleitoral, é a constitucionalização de uma irresponsabilidade fiscal”, finalizou.
Leia a matéria do Correio Braziliense: https://bit.ly/3OUQriH
Veja conteúdo veiculado pelo UOL: https://bit.ly/3nDcuPb
Confira também a reportagem do Terra: https://bit.ly/3AdNR3k