Parecer da reforma traz esclarecimentos, mas não atende todas as preocupações, diz tributarista
15 de julho de 2024Thais Veiga Shingai, sócia da nossa área tributária, participou de matéria do jornalista Marcelo Osakabe, para o Valor Econômico, que analisa o parecer do Grupo de Trabalho (GT) da Câmara dos Deputados sobre a regulamentação da reforma tributária.
Thais iniciou dizendo que o entendimento do GT “traz alguns avanços […] mas não resolve todas as questões pendentes” e aprova a decisão da não inclusão da carne entre os itens da cesta básica, que é isenta de tributação. Ela esclareceu que esta “não é a melhor forma de se fazer distribuição de renda, já que toda a população de maior ou menor renda, come proteína. É melhor focar no cashback do que elevar ainda mais a alíquota de referência”. Após a publicação da matéria, o PLP 68 foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 10/7, com a inclusão de carnes e peixes na cesta básica, além de outros itens.
Para a tributarista, um dos pontos negativos do texto é a não inclusão do Imposto Seletivo sobre as armas: “são bens que claramente geram prejuízo à saúde”, e se essa decisão não for alterada as armas sofrerão “uma enorme queda da tributação, dos atuais 89,25% para 26,5%. Esse ponto foi mantido no PLP aprovado em 10/7.
A advogada comentou ainda a respeito da incidência de IBS/CBS sobre doações onerosas, o nanoempreendedor, que realiza transações, mas não precisa estar inscrito como contribuinte do IBS/CBS, e o split payment. Quanto às plataformas digitais, Thais entende que são excessivamente oneradas pelo texto ao serem responsabilizadas pelo recolhimento dos tributos e pela emissão de nota fiscal por parte dos vendedores e prestadores de serviços que utilizam a plataforma.
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